Arbeit Macht Frei

Salut mes amis!

Após um tempo com preguiça sem tempo de atualizar o blog, vamos às novidades, hehehe.
Primeiramente, o título do post significa "O trabalho liberta", em alemão, uma frase ironicamente colocada nos portões dos campos de concentração nazistas, como este da foto abaixo, tirada por mim em Dahau, na época que moramos na Alemanha. No caso deste post, quero dizer que a conquista do primeiro trabalho nos liberta das incertezas do início da imigração marca o fim da primeira fase de integração à sociedade québécoise.


Bom, este mês completamos 9 meses aqui em Québec e estamos super contentes e a vida toma seu rumo. Ao chegarmos aqui, no fim do ano, tínhamos como plano aperfeiçoar o francês antes de iniciarmos procura por emprego, ainda mais por ser uma época de baixa nas ofertas devido às festas de fim de ano. Assim, começamos as nossas aulas no Centre du Phénix em janeiro e continuamos firmes só pensando em estudar até meados de maio.

Após a feira de empregos aqui em Québec, começamos a verificar o mercado de trabalho e, como somos engenheiros e devemos passar pelo processo de validação de diploma pela OIQ, decidimos ver vagas que não exigiam a ordem, principalmente na área de TI, para trabalharmos em uma área correlata (na verdade, uma sub-área da engenharia) até termos as nossas carteiras da OIQ, principalmente porque os sálários de TI não são tão diferentes da engenharia, se olharmos o mercado local e experiência, etc.

Começamos a nos candidatar a vagas do emploiquébec e jobboom e as entrevistas começaram a aparecer. No caso da Tixa, a segunda entrevista rendeu uma proposta de emprego, que ela aceitou e está feliz da vida, isso tem uns 3 meses. No meu caso, eu continuei a fazer o curso de francês até o fim da sessão na metade de junho. Eu tinha entrado no nível 5 e fui passando até terminar o nível 7, o último nível de francês escrito. Na teoria, existe um nível 8 que é só fonética.

Durante esse tempo, fiz algumas entrevistas e só na primeira é que não tive que fazer um teste. Em todas as outras, teve teste de conhecimento escrito e/ou oral. Em uma das empresas rolou até cálculo de determinantes 5x5, multiplicação de matrizes, produto vetorial e escalar ... coisas de geometria analítica, que eu tive no CEFET com o falecido professor Belmiro, uma das lendas da matemática em Curitiba.

Pois então, na primeira entrevista eu acabei não sendo contratado - o chefe falou que eu era a segunda opção dele, que eu tinha um ótimo currículo e que era pra eu perseverar -, mas na metade do mês passado, do nada eu recebo um email de um chefe de outro setor dessa mesma empresa dizendo que tinha se interessado pelo meu currículo e pediu pra eu fazer uma entrevista. Assim, fui lá, fiz a entrevista e também uma prova teórica sem previsão de receber uma resposta. Passando duas semanas, eu mando um email perguntando se o processo de seleção tinha terminado, previsões, etc e o chefe pediu pra eu mandar as minhas referências, já que ele estava interessado na minha candidatura. Mandei e no dia seguinte recebo a oferta, dentro do que eu tinha colocado como objetivo na época da entrevista. No mesmo dia, recebi outra oferta, justamente da empresa aonde rolou a prova da geometria ... Escolhi a primeira proposta por causa das possibilidades profissionais, já que o salário e os benefícios das duas empresas eram semelhantes.

Com isso, fazem 3 semanas que estou trabalhando aqui no Québec como desenvolvedor de software. A minha experiência no Brasil como engenheiro de desenvolvimento foi levada em conta. Dessa forma, a vida começa a se estabilizar por aqui, já temos o nosso orçamento e podemos dizer que a nossa integração na sociedade québécoise completa o seu primeiro ciclo. O investimento que fizemos no início em estudar francês valeu a pena (agradecimentos ao nosso professor Marc lá do Centre du Phénix, um dos melhores professores que eu já tive), já que conseguir se expressar bem dá bastante credibilidade na hora da entrevista.

Então é isso, pessoal! Tenho outros assuntos para tratar mas vou deixá-los para outros posts ...
À plus!

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